4 Fatos que você deve saber sobre o Papanicolau!

Data de postagem: Apr 10, 2019 5:26:37 PM

Durante o workshop, o ginecologista Julio Resende, coordenador do Programa de Rastreamento de Cânceres Ginecológicos do Hospital de Câncer de Barretos (SP), esclareceu alguns pontos-chave que geram bastante confusão sobre o Papanicolau.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/

Veja abaixo:

1) O papanicolau não é feito para detectar DSTs

Não pense que esse exame vai captar toda e qualquer doença sexualmente transmissível. Na verdade, ele sequer confirma a presença do vírus HPV. Em resumo, o teste rastreia a presença de lesões pré-cancerosas (que são provocadas pelo vírus em questão).

Claro que, durante a avaliação do ginecologista, a busca por DSTs em geral também deve ser contemplada. Só que os meios de fazer isso são outros. Recado final deste item: pergunte para o profissional se ele pretende realizar o papanicolau ou não.

2) O resultado demora alguns dias para sair

Muitas mulheres imaginam que esse exame consiste apenas em uma observação atenta do colo do útero. Não se engane: durante o procedimento, o expert coleta material com um equipamento e, na sequência, envia-o ao laboratório para uma análise mais complexa.

3) É um exame preventivo

Como já dissemos, a sacada do papanicolau é indicar lesões pré-cancerosas — ou seja, que vão originar um tumor se não forem removidas a tempo. Trata-se de uma estratégia diferente da mamografia, por exemplo, que detecta o câncer de mama em si.

Portanto, quando você se submete com regularidade ao papanicolau, o risco de desenvolver um tumor de colo de útero, mesmo que inicial, cai demais. Trocando em miúdos, não é um método para diagnosticar a doença, mas para impedir que ela apareça.

Aliás, se o resultado sugerir alguma anormalidade, você precisará realizar outros testes, como a colposcopia, para que os especialistas de fato saibam o que está acontecendo. Entendido?

4) Não precisa ser feito todo ano

As Diretrizes Brasileiras Para o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero, do Ministério da Saúde, são claras. Segundo elas, as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual devem começar a fazer o papanicolau a partir dos 25 anos.

As duas primeiras avaliações precisam, sim, ser realizadas com um intervalo de um ano entre elas. Mas, se ambos os resultados vierem negativos (o que é bom), as próximas podem ser repetidas de três em três anos — sem prejuízos às mulheres, que fique claro.

É possível interromper essa estratégia de rastreamento aos 64 anos, desde que os últimos dois exames não tenham indicado sinais suspeitos. Agora, mulheres mais velhas que nunca realizaram o papanicolau se beneficiam ao recorrer a ele mesmo depois dessa faixa etária.